O Programa IPAP (Integração Piscicultura-Agricultura-Pecuária) reúne quatro Institutos de Pesquisa da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo: Instituto Biológico, Instituto de Pesca, Instituto de Zootecnica e Instituto Agronômico de Campinas, que visa criar soluções de ciclagem de nutrientes em sistemas integrados de produção de alimentos, de acordo com os conceitos da economia circular.
A principal vantagem da integração piscicultura-agricultura-pecuária é aproveitar os nutrientes remanescentes da piscicultura na produção de vegetais de interesse comercial (frutíferas, hortaliças etc.) e/ou forrageiras para alimentação animal (pecuária). Como consequência, o agricultor diversifica sua produção, melhora a eficiência do uso de recursos, reduz a aplicação de fertilizantes químicos e o impacto ambiental, incrementando assim, sua renda na propriedade rural e/ou urbana.
O grande objetivo do programa é consolidar iniciativas de projetos de integração da piscicultura e estabelecer modelos que sirvam de referência para o setor do agro do Estado de São Paulo, do Brasil e do mundo, acompanhando o grande potencial do país na linha Integração, Lavoura Pecuária e Floresta.
No IPAP será estudado o uso da água e dos dejetos sólidos da recria e engorda de peixes, para fertilizar e irrigar variedades de forragens empregadas na alimentação bovina.
Também serão realizados estudos visando à avaliação e ao aumento da eficiência dos sistemas aquapônicos, com ênfase na aplicação dessa tecnologia na agricultura familiar.
Pesquisa e desenvolvimento: as ações e os projetos visam avaliar a viabilidade técnica e econômica da fertirrigação com efluentes de sistemas abertos e fechados da criação de peixes; calcular o balanço de nutrientes e realizar análises de indicadores de sustentabilidade (ESG, ODS, Emergia).
A implementação dessas ações tem potencial para avançar o conhecimento na mitigação do problema de descarte de efluentes da piscicultura, transformando um resíduo com potencial poluidor em um biofertilizante para a pecuária e agricultura, sendo uma alternativa ao uso de fertilizantes inorgânicos.
Para mais informações, contate:
Dr. Marcello Boock
marcello.villar@sp.gov.br