Siga-nos  
                                             SP + DIGITAL                   /governosp    Dúvidas Frequentes


Cidades da região de Rio Preto se destacam pelo turismo de pesca
Em alguns roteiros o visitante tem até a oportunidade de aprender a pescar nos rios do Noroeste Paulista

Cidades da região de Rio Preto estão entre as melhores para pescar do Brasil. Alguns municípios conseguem fisgar moradores até de outros Estados que veem nos rios do Noroeste Paulista uma oportunidade de relaxar e praticar o esporte, reconhecido pelo extinto Ministério do Esporte, em 2018. As paisagens naturais mais buscadas regionalmente são o rio Grande, Paraná, Tietê e São José dos Dourados.

Além das belezas naturais, espécies de peixes típicas da região também atraem os pescadores. Um estudo da Unesp da Rio Preto apontou que o noroeste do Estado de São Paulo possui ao menos 150 espécies de peixes. Todos distribuídos não somente nos principais rios, mas também em riachos, lagoas e represas.

Na lista de cidades que mais atraem pescadores estão Guaraci, Cardoso, Icém, Rubineia, Santa Fé do Sul, Santa Clara d’Oeste, Mesópolis, Indiaporã, Mira Estrela, Sud Mennucci, Santo Antônio do Aracanguá e Sales. Todas recebem pescadores amadores e quem pratica a pesca profissional.

Em algumas cidades, como em Guaraci, até existe vila de pescadores, pessoas que vivem diretamente do que recolhem do rio. “Eu já pesquei muito no rio São Francisco até virmos para São Paulo e conhecer o rio Grande. Hoje, vivemos da pesca aqui”, contou Antônio Rodrigues dos Santos, que pesca com a família no rio Grande.

Segundo o diretor de turismo de Guaraci, Cedmar Bernardes, a cidade conta com mais de 1,1 mil ranchos e durante a alta temporada. Antes da pandemia, chegava a receber até 10 mil turistas. “A gente espera que com essa retomada da economia os turistas voltem”.

Rubineia se destaca pelo turismo de pesca no rio Paraná. “Muitos pescadores vêm em busca dos tucunarés azul e amarelo, pois não são comuns de serem encontrados em outras localidades. Inclusive, já foram capturados exemplares de 70 centímetros dessas espécies”, contou o secretário de Turismo, Evandro Rogério dos Santos.

Três pousadas de Rubineia são dedicadas exclusivamente para os amantes da pesca. São locais que costumam reunir pescadores de várias partes do Brasil nas férias e finais de semana. “Agora estamos trabalhando para em breve começar a oferecer o mergulho subaquático para que os turistas possam visitar as ruínas da antiga Rubineia. O turismo é muito importante para a cidade”.

Santa Clara d’Oeste também é rota para os pescadores da região. Lá, o turista pode apreciar o encontro dos rios Grande, Paranaíba e Paraná, na divisa entre São Paulo e Mato Grosso do Sul. “A pesca do tucunaré atrai muita gente. Sem contar, o parque aquático que é o único na microrregião de Santa Fé do Sul. Em alguns feriados chegamos a receber 5 mil turistas, em uma cidade de 2,1 mil habitantes”, destacou Fernanda Dantas, secretária de Turismo de Santa Clara d’Oeste.


Peixes

No rio Grande, as espécies mais procuradas pelos amantes de uma boa pescaria são o tucunaré e o dourado. Contudo, os pescadores também encontram em abundância outros peixes como a corvina, carpa, curimbatá, traíra, carpa, pirarucu, pintado e tilápia.

Já no rio Tietê, no trecho entre Novo Horizonte e Pereira Barreto, podem ser encontrados: tilápias, bagres, guarus, saguirus, cascudinhos, carás-verde e lambaris do rabo vermelho. Em algumas cidades, como Sud Mennucci e Santa Fé do Sul, até existem guias turísticos e aluguel de embarcações.

Outro destaque é que a região de Rio Preto é conhecida pela pesca de pirarucus gigantes. Pescadores já pescaram peixes da espécie pesando 110 quilos no rio Grande – o pescador demorou 40 minutos para retirar o peixe da água. O pirarucu é uma das maiores espécies de peixes encontradas nas águas doces fluviais dos rios brasileiros. Eles podem atingir até três metros e a pesar 330 quilos.


Regras para a pesca

Atualmente, existem duas formas de pesca amparadas pela legislação brasileira: pesca profissional e amadora. “A pesca profissional ainda gera renda para muitas famílias brasileiras. É uma atividade legal que pode ser realizada desde que se cumpra as regras”, apontou a pesquisadora científica do Instituto de Pesca, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Lídia Sumile Maruyama.

Na pesca profissional, o pescador precisa ser cadastrado na Secretaria de Aquicultura e Pesca do governo federal, utilizando carteira de pesca profissional para o exercício da atividade. Nesse caso, o pescador pode utilizar redes e tarrafas de tamanhos permitidos por lei e pode capturar uma quantidade de peixes, desde que respeitados os tamanhos e as espécies em época de defeso.

Já no caso da pesca amadora - quando praticada como atividades de lazer -, o pescador somente pode utilizar vara, linha, molinete, carretilha, iscas naturais e artificiais. Neste caso, o peixeiro não pode utilizar redes e tarrafas. Na região também existe quem pratica a pesca subaquática. Diferente das demais, os praticantes precisam fazer um curso para a sua execução, além de ter equipamentos próprios para o seu exercício.

Já para quem deseja iniciar a pescaria convencional, o kit de pesca para iniciantes em água doce precisa conter uma caixa de pesca, carretilhas ou molinetes, linhas, iscas artificiais, alicate de pesca, boias, anzóis e chumbadas.


Piracema

É importante lembrar que desde o dia 1° de novembro, algumas espécies estão proibidas de serem pescadas por conta do período da piracema – época de reprodução dos peixes. Nesta época, os peixes nadam para fazer a desova nas cabeceiras de rios, onde os ovos estão mais protegidos de predadores.

Por lei é proibida a pesca, o transporte e o armazenamento de espécies nativas da bacia hidrográfica do rio Paraná, de espécies como pintado, dourado, piau, piapara, curimbatá, mandi, lambari e jaú. Também é proibido o uso de redes, tarrafas, espinhéis e outros apetrechos utilizados na pesca profissional. Caso seja flagrado, o pescador corre o risco de ser multado com valor a partir de R$ 1 mil. A piracema vai até o dia 28 de fevereiro de 2022.


Circuito da pesca

Rubineia, Santa Fé do Sul e Santa Clara d’Oeste (rio Paraná)

Banhadas pelo rio Paraná, as três cidades se destacam pelas águas puras e cristalinas, ideal para quem gosta de pescar e contemplar a natureza ao mesmo tempo. As três são famosas pela pesca do Tucunaré e passeios de barco, com ilhas de beleza natural.

Em Santa Clara d’Oeste, o turista também pode apreciar o encontro dos rios Grande, Paranaíba e Paraná, além de ser conhecida pela constante pesca do Tucunaré Azul e Amarelo.


Mesópolis, Indiaporã e Mira Estrela (rio Grande)

Banhadas pelo rio Grande, as três pequenas cidades chamam a atenção pelo turismo de pesca. Todas possuem praias artificiais, onde também dá para se banhar com a família nas águas límpidas do Grande.

Nas cidades, a pesca esportiva move a economia local através da vasta gama de peixes encontrados, como: Corvina, Mandi, Barbado, Pacu Guaçu, Pacu Caranha, Curimba, Pintado, Piapara e Piau.


Guaraci, Cardoso e Icém (rio Grande)

Apesar da baixa do rio Grande, por conta da seca prolongada que afetou o Noroeste Paulista neste ano, a pesca continua nas três cidades. Banhadas pelo rio Grande, Guaraci, Cardoso e Icém atraem turistas que praticam a pesca profissional e amadora.

Em Guaraci, o grande destaque é o bairro Pedregal, que é ponto para encontro de pescadores aos finais de semana e feriados. Os pescados comuns de serem encontrados nas três cidades são: Porquinho, Piau, Piapara, Caranha, Barbado e a Corvina. As cidades também se destacam pela culinária voltada ao rio.


Sud Mennucci, Santo Antônio do Aracanguá e Sales (rio Tietê)

Um rio Tietê bem diferente do encontrado na Capital, que até remete ao Pantanal em alguns trechos. Sud Mennucci, Santo Antônio do Aracanguá e Sales são as três cidades que se destacam no turismo de pesca no Tietê.

No trecho, as espécies de peixes que podem ser encontradas são o Tucunaré, Tilápia, Corvina, Piranha, Pacu e Porquinho. Nas três cidades turísticas, os visitantes têm a facilidade em adquirir petrechos para a prática da pesca esportiva, entre locação de barcos, motores, pirangueiros e píer para pesca desembarcada, tudo com segurança e dentro das normas estabelecidas em lei.


Fonte: Diário da Região

13 Dezembro 2021

https://www.diariodaregiao.com.br/economia/cidades-da-regi-o-de-rio-preto-se-destacam-pelo-turismo-de-pesca-1.834470


Institutoo de Pesca desenvolve ração sustentável para peixes carnívoros
## Injeção de CSS para para identidade visual dos cursos