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Diretor da CNI propõe à Sudene incentivo à biofertilizante para reduzir risco de desabastecimento com conflitos internacionais
A proposta foi apresentada durante reunião do Conselho Deliberativo da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Condel/Sudene) e também sugere o estudo da macroalga com vistas à obtenção do seu extrato como biofertilizante agrícola.

O presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (FIERN) e diretor 1º Secretário da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Amaro Sales de Araújo, propôs incentivos ao cultivo da macroalga Kappaphycus alvarezii como fonte de potássio no Brasil, como forma de reduzir a dependência nacional de fertilizantes importados, cujos preços e fornecimento se tornaram críticos em meio ao conflito entre Rússia e Ucrânia.


A proposta foi apresentada durante reunião do Conselho Deliberativo da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Condel/Sudene) e também sugere o estudo da macroalga com vistas à obtenção do seu extrato como biofertilizante agrícola.


“Está havendo desabastecimento de fertilizantes com a crise na Ucrânia. Há falta especialmente de potássio, que o setor produtivo passou a importar do Canadá com preços 300% maiores”, disse Sales. “Essa macroalga é uma fonte de potássio que pode e deve ser incentivada para reduzir a dependência nacional. Para que tenhamos alternativas”.


O assunto foi inserido como pauta extra durante a reunião em que ele comentou que o atual cenário mundial – com o conflito entre Rússia e Ucrânia – mostrou a dependência que o Brasil tem no que se refere ao mercado de fertilizantes. “Precisamos de um Plano B no setor de fertilizantes uma vez que o país é altamente dependente nesse segmento”, disse.


Amaro Sales citou o vasto litoral que existe no Brasil, em especial o RN, para o cultivo dessa macroalga e ressaltou a importância de se ter, no Nordeste, indústrias para o processamento desta matéria-prima e transformá-la em fertilizante.


O superintendente da Sudene, general Araújo Lima, elogiou a proposição do presidente da FIERN, que também é diretor 1º secretário da CNI. “Seu papel é muito importante nesse contexto. Quem tem que agradecer é a Sudene”, afirmou.


Ainda em sua fala, o presidente da FIERN convidou o superintendente da Sudene para vir ao Rio Grande do Norte para debater esta pauta com especialistas e outras autoridades. “Esse pode ser o início do nosso processo de independência nesse segmento de fertilizantes”, previu.


De imediato, o general colocou para apreciação dos conselheiros a proposta de colocar a sugestão do presidente da FIERN como primeira pauta da próxima reunião do Condel, o que foi acatado sem objeção.


Atualmente, no meio acadêmico, há estudos que apontam as macroalgas como importante produto de suporte às atividades do agronegócio e a cadeias produtivas relacionadas na indústria. Na última quarta (24), Amaro Sales discutiu a questão com os pesquisadores Maulori Cabral, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Antônio-Alberto Cortez, da UFRN, que desenvolvem a pesquisa intitulada “Macroalgas como suporte às atividades do agronegócio brasileiro". Além da UFRN e UFRJ, integram essa pesquisa a UFERSA, UFC, USP, IFRN, IFCE, Instituto de Pesca da USP; associações produtoras de macroalgas e empreendedores interessados na agricultura.


O Brasil importa, atualmente, mais 85% dos fertilizantes que utiliza na agricultura, e a Rússia é responsável por 23% desse montante, de acordo com dados da Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda).



Fonte: Folha da Cidade

27 março 2022

https://folhadacidade.jor.br/noticia/213/diretor-da-cni-propoe-a-sudene-incentivo-a-biofertilizante-para-reduzir-risco-de-desabastecimento-com-conflitos-internacionais


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