Hoje será realizada uma nova reunião entre os representantes dos ministérios públicos Estadual e Federal e advogados da Ultracargo para definir a forma de reparação dos cerca de mil pescadores que foram prejudicados pelo incêndio ocorrido há cerca de três anos em seis tanques químicos da empresa. A proposta é que eles deverão participar de um projeto de Recuperação do Meio Ambiente Marinho, bancado pela empresa, após acordo que visa minimizar os danos causados aos trabalhadores e suas famílias.
Segundo informações extraoficiais, uma reunião ocorreu no último dia 21 na sede do Grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio Ambiente (Gaema) da Baixada Santista, a qual fazem parte os promotores Daury de Paula Junior e Flávia Maria Gonçalves. O MP Federal está representado pelo procurador da República Antônio José Donizetti Molina Daloia. No entanto, os advogados a Ultracargo solicitaram mais um tempo para fechar o plano.
Os representantes do MP deram prioridade ao acordo para compensar os danos morais coletivos dos pescadores, pois existem outros inquéritos civis abrangendo o meio ambiente que deverão ser finalizados numa outra fase. A empresa ainda prepara um aplicativo eletrônico onde serão colocados os dados dos pescadores. O Instituto de Pesca, Universidade Santa Cecília e o Instituto Maramar estão envolvidos no projeto
CAPACITAÇÃO
INCÊNDIO
LAUDO
Em 2016, o MP divulgou um laudo que comprovou que o acidente ocorreu porque uma bomba foi ligada a válvulas que estavam fechadas e, por conta da pressão causada, seis tanques explodiram.
O MPSP pediu que a empresa fosse obrigada a pagar multa de R$ 3,6 bilhões por danos causados ao meio ambiente. A Cetesb multou a companhia em R$ 22,5 milhões e a Prefeitura de Santos aplicou multa de R$ 2,8 milhões.
Fonte: Diário do Litoral, Dez/2018 (http://www.diariodolitoral.com.br)
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