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Peixes não-convencionais: veja os benefícios para sua família e receitas para arrasar na Páscoa
Os Penacos são uma ótima opção para contribuir com a economia local, incentivar pequenas produções, ter um consumo consciente e de quebra ainda tem um ótimo valor nutricional

Os Penacos são uma ótima opção para contribuir com a economia local, incentivar pequenas produções, ter um consumo consciente e de quebra ainda tem um ótimo valor nutricional

RESUMO DA NOTÍCIA:

  • Conheça os peixes não-convencionais
  • Eles são uma boa opção para sua família, para ajudar na economia local e ainda garantir uma boa nutrição
  • Separamos algumas receitas para te ajudar nesta páscoa

A Páscoa está diretamente relacionada ao consumo de peixe, já que muitas famílias optam por não comer carne vermelha durante essa celebração. Mas você já pensou na possibilidade de diferenciar na hora de escolher e buscar peixes não-convencionais? O Instituto de Pesca (IP-APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, desenvolve pesquisas e ações visando ampliar o consumo dos chamados Peixes Não-convencionais (Penacos). Os trabalhos abrangem desde a qualidade nutricional desse alimento, ao aspecto social relacionado à pesca e o potencial de mercado envolvido, com foco no consumo consciente. Ou seja: vários benefícios para sua família!

Conheça peixes não-convencionais (Foto: Reprodução/ Parents)

“O termo Penacos surgiu em Santos, através de um chef de cozinha que é também um estudioso, Fábio Leal, mas já está em muitos estados”, diz Erika Fabiane Furlan, pesquisadora do IP. Como explica, basicamente, os Penacos são espécies de peixes usadas tradicionalmente por populações de pescadores e ribeirinhos, mas que tem menor valor comercial, por não serem usualmente conhecidas e consumidas por públicos mais amplos. “Esse termo já está tão bem estabelecido que pescadores de algumas colônias já se referem às espécies como Penacos”, afirma Ingrid Cabral Machado, também pesquisadora do Instituto.

A ideia de colocar a sigla para falar sobre essas espécies vem no intuito de conscientizar as famílias sobre a importância de consumi-los, aponta Ingrid. “Muitas vezes o consumidor não diferencia nem mesmo quais peixes são marinhos e quais de água doce”, menciona Erika, para quem muita gente tem dificuldade na escolha do pescado, por não ter o hábito de prepará-lo em casa. “Isso a gente vê nitidamente, por exemplo, quando vai conversar com os jovens, que comem muito fora de casa. Quando você fala de um ingrediente ele não sabe dizer o que é e nem como escolher, porque não tem o hábito de cozinhar. Às vezes os próprios pais já não tinham mais”, exemplifica. A pesquisadora constata que, no geral, o consumidor brasileiro muitas vezes não conhece nem mesmo as espécies convencionais de pescado, limitando-se ao salmão, ou tilápia (comercializada como Saint-Peter), por exemplo.

As pesquisadoras do IP defendem que junto com um aumento da informação das famílias sobre os pescados, tende a surgir uma maior preocupação com as origens e características de cada produto, o que se relaciona à tendência do consumo responsável, que engloba aspectos ambientais, sociais e econômicos. “Quando se fala de pesca responsável, se refere às boas práticas na atividade em si: não praticar pesca predatória, respeitar o defeso, evitar espécies que estão em listas de ameaçadas, fazer a escolha correta de petrechos, buscar reduzir o rejeito na pesca”, diz Ingrid. Já o consumo responsável envolve diretamente o consumidor, relacionando-o com esses preceitos. “É o conhecimento de que existem espécies que estão ameaçadas de extinção que ele deve preterir na hora da compra, também em relação ao tamanho dos peixes que são comercializados, que deve obedecer a certas regras, entre outras coisas”, complementa.

Já Erika levanta também a questão da sazonalidade de cada espécie e faz uma analogia às “frutas da época”. “Assim como muitas frutas têm as estações do ano, o peixe também, pois tem épocas em que está no defeso e não pode ser capturado e tem épocas em que está disponível e é mais facilmente pescado”, detalha. Conforme ela diz, essa sazonalidade está diretamente relacionada ao preço do peixe nos mercados e a manutenção do estoque.

A pesquisadora Ingrid ressalta ainda um outro viés central na questão, o aspecto social. “Consumo responsável tem muito a ver com isso: reconhecer a procedência do pescado e relacionar a uma comunidade que esteja trabalhando em regime de economia familiar, dar preferência a este tipo de processo”, enfatiza. A especialista diz que já há restaurantes que trabalham com esse conceito, trazendo ao consumidor o conhecimento de que o pescado que ele está comendo foi obtido pelo trabalho de determinada comunidade, como uma atividade tradicional. Para Ingrid, isso é um processo educativo: levar ao consumidor uma preocupação que não está internalizada. “Nesse nosso universo de consumo, muitas vezes olhamos para os produtos e não enxergamos quem produziu. Existe uma dissociação entre aquilo que nos nutre, o alimento, e aquelas pessoas que o produziram”, aponta a pesquisadora.

Veja algumas receitas com o peixe-espada, um Penaco

Peixe-espada com gremolato

Peixe-espada com gremolato (Foto: reprodução Pinterest)

  • 1 ½ xícara de salsa picada
  • 1 limão
  • 2 colheres de sopa de endro picado
  • 3 dentes de alho picados
  • 1 colher de chá de pimenta-limão
  • 4 bifes de peixe-espada (cerca de 170g cada), com 3/4 de polegada de espessura
  • 2 xícaras de arroz integral cru de cozimento rápido
  • 1 lata de caldo de galinha de 410g
  • 1 xícara misturada de pimentão vermelho e laranja doce, cortada em cubos
    Rodelas de limão para enfeitar

 

Como fazer

  • Aqueça o forno a 230°C. Cubra uma assadeira de vidro com spray antiaderente.
  • Pique a salsa; você precisará de 3/4 de xícara. Rale o limão; você vai precisar de 1 colher de sopa de raspas. Feito isso, prepare um suco de limão; você precisará de 2 colheres de sopa, e deixe de lado. Em uma tigela, misture a salsa, a casca de limão ralada, o endro, o alho e 3/4 de colher de chá da pimenta-limão. Sua gremolata está pronta!
  • Coloque o peixe-espada na assadeira preparada e regue com o suco de limão reservado. Tempere com o restante 1/4 colher de chá de pimenta-limão.
  • Asse a 230°C por 15 minutos ou até os flocos de peixe facilmente.
  • Enquanto isso, prepare o arroz seguindo as instruções da embalagem, substituindo a água pelo caldo de galinha. Junte os pimentões e 2 colheres de sopa de gremolata; cubra e deixe descansar por 5 minutos.
  • Polvilhe o espadarte com a gremolata restante e sirva com o arroz. Enfeite com limão.

 

Peixe-espada com alcaparras

Peixe-espada com alcaparras (Foto: reprodução Pinterest)

  • 2 colheres de sopa de azeite
  • 3 dentes de alho esmagados
  • ¾ colher de chá de flocos de pimenta vermelha
  • 2 colheres de sopa de alcaparras drenadas
  • 1 frasco (170g) de molho marinara
  • 4 bifes de peixe-espada
  • 2 colheres de sopa de salsa picada

Como fazer
Em uma frigideira grande antiaderente, aqueça o azeite. Adicione o alho e cozinhe por 1 minuto. Adicione flocos de pimenta vermelha, alcaparras e molho marinara. Leve para ferver. Adicione os bifes de peixe-espada e cozinhe por 5 minutos. Vire suavemente; cozinhe por mais 5 minutos. Junte a salsa picada.

 

Fonte: Pais e Filhos, Helena Leite, 26 março 2021 (https://paisefilhos.uol.com.br/familia/peixes-nao-convencionais-veja-os-beneficios-para-sua-familia-e-receitas-para-arrasar-na-pascoa/)


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