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Pesca fantasma mata milhares de animais marinhos na Baía de Santos

Todos os dias tartarugas, albatrozes, crustáceos e peixes aparecem mortos na Baía de Santos. Um dos motivos é difícil de ser freado: uma pesca que apenas mata, sem alimentar ninguém, a pesca fantasma. No sábado (9), a Prefeitura de Santos fez parceria com entidades que já atuam na redução desses danos.

A pesca fantasma é o termo usado para explicar a continuidade da ação de equipamentos pesqueiros perdidos ou abandonados nos oceanos, que permanecem capturando, mutilando ou matando espécies. São redes, linhas de mão, anzóis simples ou múltiplos, cabos de amarração, entre outros. Estima-se que 10% desses materiais se perdem anualmente no mundo.

Na Baía de Santos, o Instituto de Pesca faz, desde 2009, a busca desses materiais, junto com mergulhadores voluntários e diversas instituições. Entre elas, a Fundação Florestal e a Colônia de Pescadores Z1, que também entraram na parceria santista. A força da Prefeitura será no mapeamento do material encontrado e na divulgação do problema, além de formalização da atuação conjunta com o Aquário Municipal, que promove educação ambiental e cujo coordenador, há anos, já é voluntário nos mergulhos para recolhimentos. 

Luiz Miguel Casarini, pesquisador científico do Instituto de Pesca, conta que nesses quase dez anos de trabalho cerca de 6 toneladas de materiais já foram retirados do mar. “E se você pensar que cada rede de cinco metros de altura por 100 (metros) de comprimento não tem nem um quilo, terá a ideia da dimensão do problema”, diz.

A cada mutirão, uma equipe de barco sai com sonar, que faz uma espécie de raio-X do fundo do mar. Mapeia-se onde há materiais de pesca fantasma e caso não seja possível retirá-lo, é feita a identificação. Há cerca de um ano o que é recolhido tem sido vendido para uma empresa de São Bernardo do Campo, para manufatura reversa.

Segundo Casarini, apesar do aumento dos esforços, a tendência é de cada vez mais materiais ficarem no fundo do mar. O motivo é que os estoques pesqueiros estão diminuindo e, por isso, o esforço dos pescadores aumentando. “E tendo mais petrechos de pesca no oceano, a probabilidade de perda é maior. Perde-se por ressacas ou mudanças climáticas, por pesca ilegal em costões rochosos, entre outros”.

Sem discriminação

Rodrigo de Castro Fascini, médico veterinário e responsável legal pela colônia dos pescadores Z1, conta que os pescadores não são só vilões nesse cenário. São cerca de 10 mil legalizados na região, também auxiliando no combate ao problema. “Na arte da pescaria, a gente consegue tirar bastante coisa da água, principalmente lixo. Então conseguimos informar muita coisa”, ressalta. 

Ele lembra que pescador nenhum tem a intenção de deixar materiais no mar. Quando isso ocorre, é um acidente, com prejuízo para o pescador e para a fauna. “E a gente depende da fauna”, diz. 

2º Santos pelo Oceano

A parceria firmada já teve um mergulho no último dia 29 e terá próxima reunião dia 14 para definir próximas saídas. Os responsáveis se reuniram sábado, no 2º Santos pelo Oceano - evento da Semana do Meio Ambiente. A festa teve brincadeiras educativas para crianças e juntou cerca de 250 atletas de vela, natação, stand-up paddle, percorrendo uma distância de aproximadamente 1.500 metros, além de pólo aquático no mar. Todos ganharam troféu de madeira de reaproveitamento. O secretário de Meio Ambiente de Santos, Marcos Libório, destacou a importância da conscientização. 

“A gente precisa começar a identificar a sujeira que está no mar. Porque mais que um país que queremos, é um país que fazemos”.

 

Fonte: Brasil Skin Diver, Jun/2018 (http://www.brasilskindiver.com.br)

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