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Pesquisa garante isca viva mais barata e com menor impacto ambiental

O lambari-da-mata-atlântica (Deuterodon iguape) é uma alternativa viável para utilização como isca viva em pescarias de espécies carnívoras de estuário. Essa é a conclusão de uma pesquisa conduzida por pesquisadores do Instituto de Pesca (IP), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, e apresentada durante o ciclo de palestras “Atualização em piscicultura”, realizado no município de Itanhaém, no litoral paulista.

De acordo com Marcelo Barbosa Henriques, pesquisador do IP e coordenador do estudo, os resultados apontam ganhos econômicos e ambientais com a adoção dessa espécie de lambari em substituição ao camarão-branco (Litopenaeus schmitti), espécie utilizada como isca para peixes que habitam o estuário, como o robalo, por exemplo.

“Nos experimentos realizados por nossa equipe, o lambari-da-mata-atlântica apresentou uma boa adaptação à salinidade nesse tipo de ambiente (estuário), o que mostra que ele pode ser uma alternativa viável para utilização como isca viva. Quando comparado à ao camarão-branco, que em geral é usado nessas pescarias, as espécies apresentaram eficiências equivalentes”, relata Henriques.

Segundo o pesquisador, uma das vantagens da utilização do lambari como isca viva é que se trata de uma espécie nativa que pode ser cultivada em pisciculturas, ao contrário do camarão, que é obtido por captura. Além disso, o camarão-branco apresenta disponibilidade reduzida entre os meses de julho e dezembro, quando praticamente desaparece, e a sua captura pode causar impactos ambientais indesejáveis.

“Outro ponto que é importante destacar é que, nesse período de baixa oferta do camarão-branco, a utilização do camarão vanamei (Litopenaeus vannamei) como isca viva não é uma alternativa viável, já que se trata de uma espécie exótica e, por isso, seu uso para esse fim é proibido por lei.  Já o lambari pode ser ofertado o ano todo e é uma alternativa muita mais em conta. Nós verificamos que, em média, o custo unitário do camarão-branco em São Paulo varia entre R$ 0,80 e R$ 1,50 enquanto o lambari-da-mata-atlântica tem o custo de produção de R$ 0,18 e pode ser comercializado por até R$ 0,50”, explica o pesquisador do IP.

Henriques destaca que, por todas essas características, o lambari-da-mata-atlântica pode ser uma alternativa concreta de geração de renda para produtores que buscam comercializar um produto diferenciado.

Para o secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Arnaldo Jardim, o estudo sobre iscas alternativas para a pesca esportiva é importante por reduzir os impactos, mas também por apontar a possibilidade de abertura de um novo mercado.

“A pesca esportiva é uma atividade que tem crescido muito nos últimos anos. Por isso, demonstrar a viabilidade do uso de espécies que causam menos impacto ambiental ao serem capturadas é extremamente relevante.  Além disso, há também o fator de a pesquisa demonstrar a possibilidade de um novo negócio que pode gerar renda para os produtores, como nos orienta o governador Geraldo Alckmin”, disse o titular da Pasta.

Os resultados da pesquisa, que contou com financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), serão apresentados pelo pesquisador Marcelo Barbosa Henriques durante a 7ª Conferência Internacional de Aquicultura e Pesca, que será realizada no mês de outubro em Roma, na Itália.

 

Fonte: Da Terra Agro, Ago/2017 (http://www.daterraagro.com.br)

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