Basta observar algumas espécies de peixe do gênero Brachygobius para entender o apelido que ganharam aqui no Brasil e em outras partes do mundo: abelhinha. Suas belas faixas douradas e pretas lembram bastante as cores dos insetos xarás. Por conta disso, costumam fazer sucesso em lojas para os amantes de aquários.
Descrito pela primeira vez em 1868, acredita-se que o abelhinha seja originalmente de ilhas da Malásia e Indonésia, mas essa espécie da família dos gobídeos é bastante conhecida no Brasil por causa da beleza exótica. Não há informações precisas de quando ganhou o apelido pela primeira vez, mas o fato se deve às cores do peixe.
“O abelhinha é um peixe de água salobra. No aquário, a reprodução acontece, geralmente, em pequenas cavernas ou espaços que servem de esconderijo para que o macho proteja os ovos”, diz o pesquisador científico Mauricio Keniti Nagata, do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Peixes Ornamentais de São Paulo.
Pequeno, o abelhinha atinge em média três cm de comprimento e gosta de alimentos vivos e, de preferência, frescos, como crustáceos. Com comportamento mais discreto, este peixe tem o hábito de ficar no fundo do aquário e não costuma ter problemas com peixes de outras espécies.
“Até certo ponto, ele tem um comportamento pacífico, mas pode ficar um pouco agressivo no período da reprodução, quando se torna mais territorialista para proteger o espaço”, explica o especialista. “Mas, normalmente, é possível mantê-lo com outros peixes de tamanho semelhante”, diz.
Por isso, a espécie prefere ambientes com muitos esconderijos, como pequenos vasos e cavernas. “O ideal para ele é um aquário de água salobra, mineralizado – que nós chamamos de ‘água dura’ –, para que ocorra a desova”, explica o zootecnista.