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Probiótico para tilápia desenvolvido pelo Instituto de Pesca será apresentado na Agrishow 2018

Com produção estimada em cerca de 357 mil toneladas em 2017, a tilápia é atualmente o peixe mais cultivado no Brasil. Tendo em vista sua importância econômica para a aquicultura brasileira e a necessidade de aumento de produtividade das fazendas aquícolas, pesquisadores do Instituto de Pesca (IP-APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, estão em fase final de desenvolvimento de um probiótico específico para tilápias. A tecnologia será apresentada para o público durante a Agrishow 2018, que acontece entre os dias 30 de abril e 4 de maio em Ribeirão Preto – SP.

De acordo com Danielle de Carla Dias, pesquisadora que integra a equipe do IP, foram selecionadas quatro cepas de bactérias com potencial probiótico, que estão sendo produzidas industrialmente para realizar os experimentos in vivo. Ela destaca que nos testes realizados em laboratório, esses probióticos inibiram in vitro as três principais bactérias patogênicas que ocorrem na tilapicultura brasileira – Aeromonas hydrophila, Francisella noatunensis subespécie orientalis e Streptococcus agalactiae.

“Até o final do mês de agosto de 2018, teremos os resultados dos testes com os peixes para solicitar o registro dessas bactérias probióticas junto ao MAPA (Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento), regularizando sua utilização em tilapicultura”, afirma Danielle, que participa do Programa Jovens Pesquisadores em Centros Emergentes da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

Aumento de produtividade

Os probióticos são micro-organismos vivos que, se administrados em quantidades adequadas, trazem benefício à saúde do animal que os hospeda. “Esses micro-organismos têm capacidade de se instalar e proliferar no trato intestinal do animal, trazendo benefícios como, por exemplo, aumento de ganho de peso, redução de colonização de organismos causadores de infecções, maior taxa de fertilização e produção de ovos, dentre outros”, explica a pesquisadora Danielle. Por isso, o desenvolvimento desse tipo de produto se torna um aliado importante para os produtores que trabalham com sistemas de cultivo intensivo, onde o risco de doenças é maior e pode comprometer todo o estoque de peixes.

Para selecionar a bactéria mais adequada para o desenvolvimento do probiótico, os pesquisadores do IP visitaram e coletaram material em 24 pisciculturas dos Estados de São Paulo, Paraná, Bahia e Pernambuco. “Esse trabalho de coleta durou cerca de um ano. No campo, nós fizemos a raspagem da pele da tilápia para coleta de muco e retiramos também uma amostra de seu intestino, onde estão concentradas em maior quantidade as bactérias probióticas. Feito isso, nós congelamos esse material, que foi conservado em meios de cultura adequados para o transporte de bactérias até o laboratório para realizarmos as análises de seleção”, detalha o pesquisador do IP Carlos Ishikawa, que também participa da pesquisa.

A coleta de material biológico em diferentes regiões é fundamental para a pesquisa. De acordo com o pesquisador do IP Leonardo Tachibana, há variações nas características das bactérias dependendo das condições ambientais, como o clima e a qualidade da água. “Por isso é tão importante esse trabalho de coleta em vários pontos. Isso nos dá uma diversidade de material para selecionarmos o probiótico mais adequado”, conta Tachibana.

Para o secretário de Agricultura e Abastecimento do estado de São Paulo, Francisco Jardim, o desenvolvimento do probiótico para tilápia pelo Instituto de Pesca será importante para o fortalecimento do setor produtivo da aquicultura, pois trará ganhos de produtividade às fazendas aquícolas que cultivam este peixe, cumprindo os propósitos delineados pelo governador Márcio França.

 

Fonte: Grupo Águas Claras, Mai/2018 (http://www.grupoaguasclaras.com.br)

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