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Projeto Garoupas ao Mar prevê soltura de 20 mil alevinos na Costa do Litoral Norte Paulista

Promover o repovoamento de peixes marinhos com a soltura de 20 mil garoupas verdadeiras (Epinephelus marginatus – espécie ameaçada de extinção) na Área de Preservação Ambiental Marinha do Litoral Norte. Esta é proposta da Associação Ambientalista Terra Viva (ATEVI), que desde 2006 desenvolve ações para a conservação dos oceanos e desenvolvimento social das comunidades costeiras no Brasil.

O Projeto, embora comum em água doce e rios, é inédito com garoupas no Brasil e começa a tomar forma após 10 anos de pesquisa desde a reprodução até a produção de alevinos e avaliação de soltura. De acordo com Claudia Kerber, veterinária responsável e presidente da ATEVI, há muito se fazem necessárias ações para reequilibrar as degradações ambientais, sobretudo no mar. Dessa forma, o repovoamento, assim como o defeso, são ferramentas importantes para garantir a sobrevivência desta espécie.

“Nossa intenção é soltar 20 mil alevinos marcados geneticamente, que serão monitorados por dois anos até a fase de maturidade sexual, período em que se inicia a nova geração de filhotes”, explica.

Os peixes estarão protegidos da pesca pela legislação e serão soltos em uma Área de Preservação Ambiental, tudo para garantir a efetividade do repovoamento.

Cláudia salienta ainda que a escolha da garoupa se deu porque é possível obter alevinos saudáveis e de características genéticas iguais às das populações selvagens produzidos em cativeiro, porque é uma espécie ameaçada de extinção e também porque a garoupa, por ser uma espécie de topo de cadeia, tem uma grande influência na saúde dos ambientes de corais da região.

Além da veterinária, a equipe da ATEVI é formada por biólogos, mergulhadores e técnicos em aquicultura. O Projeto conta com a parceria do Instituto de Pesca de São Paulo, Laboratório de Genética de Peixes da Universidade de Mogi das Cruzes, Redemar Alevinos, APA Marinha do Litoral Norte Paulista e Prefeitura Municipal de Ilhabela.

Laboratório
As garoupas tem crescimento lento, e podem chegar até 60 quilos aos 60 anos de vida. Este é um dos fatores que contribuem para o risco de extinção. A produção de alevinos em laboratório é fundamental para garantir a sobrevivência da espécie, fornecendo formas jovens para aquicultura e repovoamento em locais onde já desapareceu ou onde suas populações estão comprometidas por causa da sobrepesca. Hoje, o Laboratório montado na região sul de Ilhabela é referência para vários países e universidades, recebendo, também, estudantes locais para ações de educação ambiental.

Financiamento Coletivo

Para garantir a soltura das 20.000 garoupinhas, a ATEVI lançou uma campanha de financiamento coletivo via internet na plataforma Kickante (www.kickante.com.br/campanhas/garoupas-ao-mar) onde as pessoas fazem a doação e que oferece recompensas para quem colaborar com a iniciativa. Elas vão desde visitas monitoradas ao laboratório, camiseta, ingressos para aquários, mergulhos e até um curso de produção de alevinos de peixes marinhos, que não existe no Brasil. Mais informações podem ser obtidas no site da instituição:www.atevi.org.br.

 

Fonte: pesca Amadora, nov/2018 (http://www.pescamadora.com.br)

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Defeso da piracema vai até fevereiro de 2019
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