Segundo ranking realizado em 2021 pela Universidade de Stanford (EUA) e editora Elsevier BV, o pesquisador Edison Barbieri, servidor público do Instituto de Pesca (IP) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, é um dos cientistas mais influentes do mundo.
Considerada de grande relevância no meio científico, a classificação promovida pela instituição de ensino norte-americana é feita a partir de um banco de dados que contém informações de mais de 100 mil pesquisadores, cerca de 2% dos cientistas mais importantes do mundo.
Barbieri foi escolhido por sua vasta contribuição com pesquisas relacionadas à oceanografia biológica e geológica, área em que possui doutorado pela Universidade de São Paulo (USP). Ele também é mestre em geografia física e especialista em ecofisiologia e ecotoxicologia de organismos aquáticos. Ao todo, o cientista publicou 161 artigos ao longo da carreira acadêmica.
Servidor público do Instituto da Pesca a mais de 10 anos, Edison Barbieri atualmente exerce o cargo de diretor do Núcleo Regional de Pesquisa do Litoral Sul do Estado de São Paulo. Ele foi considerado três vezes o melhor profissional do ano pela Associação Brasileira de Liderança (Braslíder) e homenageado, pelas suas contribuições, com o Cartão de Prata da Câmara de Vereadores de Bragança Paulista, sua terra natal.
O pesquisador já viajou o mundo ministrando aulas e participando de expedições na Antártida e sessões do Lead Internacional em Cuba e Moscou. Ele também atua como professor no curso de Biodiversidade de Ecossistemas Costeiros da UNESP de São Vicente, coordenador no programa de pós-graduação em Aquicultura e Pesca do IP, além de ser editor das revistas científicas “O Mundo da Saúde” e “Applied Science”.
Pesquisa sobre nanopartículas na aquicultura
Atualmente, Edison Barbieri lidera uma pesquisa científica que estuda a síntese de nanopartículas para serem aplicadas à aquicultura — ramo responsável por cultivar organismos vivos aquáticos em condições controladas, através de técnicas de criação e reprodução.
Segundo o pesquisador, este é um dos setores que mais crescem no mundo e vem buscando, por meio do uso de nanotecnologia, soluções novas aos processos produtivos. O emprego dessas nanopartículas, no entanto, podem afetar o ambiente aquático e serem tóxicas para os animais e seres humanos.
“O principal objetivo [da pesquisa] é entender o caminho das nanopartículas quando penetram nos organismos, estudar os mecanismos de ação, avaliar os riscos e minimizar a presença delas em diferentes categorias de sistemas de produção aquícola”, destaca Barbieri.
Edison Barbieri, um dos cientistas mais influentes do mundo de acordo com a Universidade de Stanford. Foto: divulgação IP-APTA
Fonte: AFPESP
23 Fevereiro 2022