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Técnica criada em Pirassununga aumenta a produtividade de camarões em tanques

Técnica desenvolvida em Pirassununga aumenta produtividade de camarões

Uma pesquisa desenvolvida pelo Instituto de Pesca em Pirassununga (SP) propõe uma nova técnica de produção de camarões que pode aumentar em até seis vezes a capacidade dos tanques, além da produtividade e o lucro.

A pesquisa venceu o prêmio de inovação aquícola em 2019 no Aquishow, maior evento do ramo da piscicultura de água doce da América Latina. De acordo com o pesquisador Fábio Sussel, o sistema é inédito.

O camarão branco do pacífico é fruto da pesquisa desenvolvida no Instituto de Pesca da Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo em Pirassununga.

A técnica para salinizar a água artificialmente para a crianção do camarão no interior de São Paulo, a mais de 300 quilômetros do mar, não é uma novidade. Mas a descoberta é uma forma de deixar os viveiros mais sustentáveis.

"O diferencial nessa produção é que os resíduos gerados pelo camarão passam por um sistema de biofiltragem, otimizando o uso da água", disse Sussel.

 

Pesquisa desenvolvida pelo Instituto de Pesca em Pirassununga propõe uma nova técnica de produção de camarões — Foto: Ely Venâncio/EPTV

 

Técnica

Um tanque é usado para decantar os resíduos sólidos. Depois é retirada da água a amônia que, em grande quantidade, pode ser tóxica para a criação.

Antes de devolver a água para os camarões, tilápias são colocadas no tanque, pois elas possuem um muco que ajuda a eliminar alguns tipos de vírus e bactérias.

 

Criação comercial

A técnica desenvolvida em Pirassununga oferece mais eficiência à criação comercial da espécie, já que a quantidade de camarões em um tanque era limitada pelo volume de resíduos que eles geram. Quando esse resíduo é tratado e reciclado, deixa de ser um problema.

De acordo com o pesquisador, o tanque que antes suportava no máximo 2 mil camarões agora tem capacidade para 12 mil.

"Em sistemas tradicionais se produz de 50 a 80 camarões por metro cúbico. Aqui estamos produzindo 400 camarões por metro cúbico e isso representa maior produção em menor área, fazendo um uso mais consciente e lucrativo do recurso hídrico disponível", explicou.

 

Técnica desenvolvida em Pirassununga oferece mais eficiência à criação comercial de camarões — Foto: Ely Venâncio/EPTV

 

A engorda do camarão dura 100 dias até que ele atinja 12 gramas, porém isso só é possível se todo processo for feito com cuidado.

"O principal conceito envolvido é que criamos água e não camarão. Animal fora da sua zona de conforto não expressa todo seu potencial zootécnico, então aqui também estamos preocupados com o bem-estar dos camarões. Eles precisam estar em sua zona de conforto para expressar todo seu potencial", explicou Sussel.

Segundo o pesquisador, o sistema desenvolvido pode criar oportunidades para novos produtores. "O Brasil já é um grande produtor de camarão, no ano de 2018 foram 80 mil toneladas. Essa produção está concentrada no Nordeste do Brasil e o grande mercado consumidor está no Sudeste, então essa técnica é uma opção de produzir o camarão ao lado do mercado consumidor, proporcionando um produto de maior qualidade e uma oferta mais constante."

 

Pesquisa desenvolvida pelo Instituto de Pesca em Pirassununga venceu prêmio de inovação aquícola em 2019 no Aquishow — Foto: Ely Venâncio/EPTV

 

 

Fonte: EPTV São Carlos e Araraquara, Junho/2019 (https://g1.globo.com)

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