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Técnicos e pesquisadores da Secretaria recebem orientações sobre certificado internacional de produção sustentável

A Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, por meio da Coordenadoria de Desenvolvimento dos Agronegócios (Codeagro), promoveu, no dia 9 de março de 2017, na sede da Pasta, um treinamento sobre a certificação de qualidade GlobalGAP, que estabelece um padrão mundial de boas práticas agrícolas na etapa primária da produção agropecuária.

Ministrado pelo representante da GlobalGAP no Brasil, Marco Giotto, o evento foi acompanhado por pesquisadores e técnicos da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta), Institutos de Pesca (IP) e Agrícola (IEA), Companhia de Desenvolvimento Agrícola de São Paulo (Codasp) e da assessoria técnica do gabinete, além de interessados no tema.

De acordo com Marco Giotto, o papel da empresa voltada à certificação global é conectar o mercado e os produtores, proporcionando a gestão sustentável dos riscos e organizando a cadeia produtiva. “Hoje em dia, além do produto, há muito interesse do consumidor na história por trás da produção. Ele quer saber onde e como o alimento foi produzido, quais os aspectos sociais e econômicos envolvidos. Esse histórico, que agrega confiabilidade ao processo, é obtido por meio da certificação”, avaliou.

A certificação emitida pela GlobalGAP por meio de empresas certificadoras deve atender a uma série de cerca de 240 normas e procedimentos, tendo como parâmetro a abordagem holística do processo, que considera os aspectos da segurança alimentar, meio ambiente, rastreabilidade e bem-estar dos trabalhadores. Com mais de 400 associados em 110 países, o board da empresa sem fins lucrativos é composto por 50% de produtores e 50% de compradores, que participam das decisões e elaboração dos padrões a serem seguidos.

As normas são estabelecidas com auxílio de comitês técnicos, de stakeholders e auditoria interna, além de grupos de trabalho técnico nos países que detém a certificação. Entidades de classe e outras organizações interessadas podem se associar para acompanhar as discussões, mas não interferem na tomada de decisões e estabelecimentos do padrão.

De acordo com Marco Giotto, um dos setores com grande potencial para o mercado externo e que está se integrando à certificação global, é a aquicultura, cuja produção tem crescido nos países em desenvolvimento, mas que exige uma padronização devido às condições mais críticas de controle no processo de produção. “É um dos setores nos quais o mercado externo é bastante exigente com relação à certificação”, ressaltou.

O representante do GlobalGAP garante que muitas dos requisitos solicitados para se obter a certificação já são executados no dia-a-dia das propriedades rurais brasileiras e apenas precisam ser sistematizadas. “Adaptações às questões ambientais e trabalhistas geram mais dificuldades, pois exigem uma mudança cultural em países da Europa e nos Estados Unidos. No Brasil, o desafio se refere principalmente aos procedimentos de rastreabilidade”, explicou.

“Somos um país em que o consumidor ainda escolhe o padrão do produto de acordo com o que há na gôndola do supermercado, enquanto essa padronização já está mais avançada em outros países. O pequeno produtor é o mais prejudicado, por isso é importante estabelecer uma cadeia regular adequada”, disse. Uma das vantagens, destacou Giotto, é que a certificação é 100% adaptável ao pequeno produtor, sendo que cerca de 70% das propriedades certificadas no mundo têm mentos de três hectares.

A pesquisadora do Instituto de Pesca, Elaine Fender de Andrade, que integra o Departamento de Qualidade Laboratorial do órgão, acompanhou a palestra com muito entusiasmo. “É uma área com grande potencial, por isso a padronização global é importante e pode abrir oportunidades para o País no mercado internacional”, disse.

A oceanógrafa Raquel Tommasi participou do treinamento em busca de novos conhecimentos sobre os padrões de produção da proteína animal. “Uma das áreas possíveis de atuação da oceanografia é a aquicultura, um mercado crescente no Brasil. Por isso, busquei me inteirar sobre esta certificação, que pode reconhecer e assegurar a qualidade do produto brasileiro”, disse.

De acordo com Jaciara Bertasi, responsável pela certificação dos produtos com o Selo de Qualidade “Produto de São Paulo”, o treinamento foi uma importante oportunidade para os colaboradores de diversas áreas adquirirem conhecimentos sobre o GlobalGAP. “O debate evidenciou a necessidade global de promover a segurança alimentar e uma produção agropecuária sustentável para todos os elos da cadeia produtiva”, ressaltou.

O engenheiro agrônomo Carlos Alonso atua no Laboratório de Análises de Alimentos Cerelab, que é acreditado com o Selo de Qualidade “Produto de São Paulo São Paulo, e tem interesse em obter a GlobalGAP. “É uma certificação bastante democrática, pois o custo ao produtor é muito baixo, e pode trazer a novos mercados, com um produto mais competitivo e adequado à segurança alimentar”, disse.

Conforme ressaltou o titular da Coordenadoria, Michel Reche Beraldo, “a certificação assegura a oferta de um melhor produto ao consumidor e aumenta a competitividade do agronegócio paulista nos mercados interno e externo”.

Para o secretário de Agricultura e Abastecimento Arnaldo Jardim, promover a segurança alimentar é importante para valorizar a produção agropecuária paulista e proporcionar a abertura de mercados para o setor. “O Brasil tem um grande potencial para fornecer alimento de qualidade e acessível ao mundo, de forma segura e sustentável. Nossa atuação é pautada pelas diretrizes do governador Geraldo Alckmin de assegurar a saudabilidade dos alimentos, promover a harmonia entre a produção e o meio ambiente, aproximar o conhecimento do setor e apoiar o pequeno produtor e agricultor familiar”, afirmou.r e agricultor familiar”, afirmou.

 

Fonte: Revista Panorama da Aquicultura, Mar/2017 (http://www.panoramadaaquicultura.com.br/novosite)

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