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Com crescimento expressivo em SP, piscicultura brasileira comemora aumento nas exportações
Cadeia bem estruturada faz tilápia ser a líder em produção e vendas externas do país

O Brasil se destaca como um dos países com um imenso potencial de expansão na piscicultura em águas continentais na escala global. Esse cenário favorável não apenas decorre da sua vasta reserva de água doce, que é a maior do mundo, mas também se justifica pela abundante oferta de grãos para a produção de rações e pela presença de uma cadeia produtiva já bem estruturada.   

Um estudo realizado pela Embrapa Pesca e Aquicultura, em colaboração com a Associação Brasileira da Piscicultura (Peixe BR), revelou que o faturamento das exportações da indústria de piscicultura do Brasil aumentou em 15% durante o ano de 2022, atingindo um total de U$S 23,8 milhões. Esse desempenho representa o maior marco histórico alcançado pelo setor.  

A espécie de peixe mais significativa em termos de vendas para outros países é a tilápia (Oreochromis niloticus), que teve um notável crescimento de 28% nas exportações em comparação ao ano de 2021, atingindo um montante total de 23,2 milhões de dólares. Quarto colocado nacional entre os estados com maior participação nas exportações de tilápia, São Paulo registrou, em 2022, crescimento de 127% em relação ao ano anterior - o maior aumento observado. A liderança é do Paraná, que contribuiu com 58% do valor total exportado, seguido por Mato Grosso do Sul, responsável por 18%, e Bahia, com uma participação de 11%. A nível nacional, as projeções indicam que as vendas continuarão a crescer em 2023, com expectativas otimistas tanto para o mercado interno quanto para o externo, com destaque para as exportações de tilápia inteira e filés congelados.   


Aumento na produção de peixes de cultivo 

No ano de 2022, a produção de peixes de cultivo no Brasil alcançou a marca de 860.355 toneladas, resultando em uma receita estimada de aproximadamente R$ 9 bilhões. Nos últimos anos, o setor registrou um aumento significativo, de 48,6%, passando de 578.800 toneladas em 2014 para o montante atual. Essa atividade econômica gera ainda cerca de 3 milhões de empregos diretos e indiretos, de acordo com os dados fornecidos pela Peixe BR.  

O Brasil ocupa o quarto lugar entre os maiores produtores globais de tilápia, sendo a espécie responsável por abranger 64% da produção total do país. Os peixes nativos, com destaque para o tambaqui, contribuem com 31% do total produzido nacionalmente, enquanto outras variedades representam 5%.  

Ainda de acordo com a Peixe BR, São Paulo é atualmente o segundo maior produtor nacional tanto de peixes de cultivo em geral, com 83.400 t, quanto de tilápia, com 77.300 t produzidas em 2022. Nos dois quesitos a liderança é do Paraná, com uma produção total de 194.100 t de peixes de cultivo no ano passado.  

Segundo a diretora-geral do Instituto de Pesca (IP-Apta), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de SP, Cristiane Rodrigues Pinheiro Neiva, o aumento da produção, principalmente da tilápia, gera benefícios para cadeia de valor da piscicultura. Isto se dá pelo incremento de empresas e produtores interessados na produção da espécie, seja em reservatórios no modelo de tanque-rede, seja pela produção de alevinos em viveiros escavados, seja na utilização de novas tecnologias de produção. “No Instituto de Pesca, esta espécie vem sendo amplamente estudada, principalmente em relação aos aspectos de sua sanidade, com objetivo maior de produção de vacinas; desenvolvimento de kits de diagnóstico de doenças emergentes; probióticos e prebióticos; e desenvolvimento de rações que possam melhorar e baratear o custo final de produção”, ressalta Cristiane. 


Por  Andressa Claudino – Instituto de Pesca 

Fonte da imagem: Vecteezy.com  


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O Instituto de Pesca é uma instituição de pesquisa científica e tecnológica, vinculada à Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, que tem a missão de promover soluções científicas, tecnológicas e inovadora para o desenvolvimento sustentável da cadeia de valor da Pesca e da Aquicultura.  


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