As Secretarias, de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, por meio do Instituto de Pesca, e da Saúde, por meio do Instituto Butantan, estudam uma parceria para desenvolver técnicas de criação e manejo do peixe “paulistinha”. O objetivo é criar pesquisas relacionadas às patologias humanas e seus possíveis tratamentos, bem como estudos sobre os efeitos promovidos por contaminantes ambientais.
O zebrafish, ou peixe paulistinha, vem sendo utilizado como modelo em estudos sobre genética e saúde desde a década de 1980. O uso dessa espécie possibilita desenvolver uma pesquisa relativamente barata quando comparada com outros organismos (roedores, por exemplo).
O peixe paulistinha é considerado o segundo animal mais utilizado como modelo em pesquisas científicas no mundo nas áreas de biomedicina e biologia para o desenvolvimento de estudos, devido às suas características atrativas, como pequeno tamanho, facilidade de cultivo em laboratório, desovas frequentes e com elevado número de ovos, transparência dos embriões e genoma conhecido.
De acordo com a pesquisadora da Secretaria Cíntia Badaró Pedroso, responsável pelo Laboratório de Criação de Organismos-alimento e do peixe Danio rerio, o Instituto de Pesca desenvolve projetos de iniciação científica e mestrado com embriões e adultos da espécie. “No entanto, como a produção ainda é restrita à demanda interna do Instituto, essa parceria com o Butantan, permitirá criarmos tecnologias sobre os mecanismos bioquímicos, moleculares e celulares de toxinas com potenciais terapêuticos, além de elevar a capacidade produtiva e a qualidade da espécie, favorecendo o uso de organismos em pesquisas de forma sustentável”.
Para o secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Arnaldo Jardim, o Brasil ainda não tem fornecedores de ovos, embriões e larvas recém-eclodidas com certificação para suprir a necessidade de instituições públicas e privadas no desenvolvimento de pesquisas. “Portanto, há a necessária concretização da parceria para preencher essa lacuna em relação à disponibilidade de organismos-teste”, concluiu..
“Estudos desta natureza, que visam aumentar a produtividade dos agronegócios, seguem as orientações do governador Geraldo Alckmin de aproximar a pesquisa do produtor”, complementou o secretário.
“Desejamos nos aproximar do setor produtivo trabalhando, dentro de cada especialidade, em parceria e integração para desenvolver as pesquisas de acordo com a demanda dos produtores”, ressaltou o diretor do Instituto de Pesca, Luiz Marques da Silva Ayroza.
* Por Antonio Carlos Simões
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