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Ostras: pesquisas do IP ajudam a conhecer um pouco mais sobre esse molusco tão apreciado na gastronomia
Importante alimento para fortalecer o sistema imunológico e fonte de recursos para comunidades tradicionais, a ostra tem grande potencial econômico segundo o Instituto de Pesca

O Estado de São Paulo está entre os três maiores produtores de ostras do país, Santa Catarina e Paraná completam a lista. Apesar de existirem diversas espécies de ostras no Brasil, o país comercializa apenas duas: uma nativa – conhecida anteriormente como Crassostrea brasiliana, mas que há alguns anos passou a ser chamada de Crassostrea gasar –, essa espécie faz parte do ecossistema natural do país e pode se reproduzir sem interferência humana; e outra estrangeira – a Crassostrea gigas, também chamada de ostra japonesa ou do Pacífico. 

Como qualquer recurso natural, a captura indiscriminada do molusco pode levar a sua extinção. Para evitar que isso aconteça, foi desenvolvido o Programa de Ordenamento da Exploração da Ostra do Mangue em Cananéia, no qual o Instituto de Pesca (IP-APTA), instituição de pesquisa da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, desde 1996, atua junto à Gerência de Desenvolvimento Sustentável da Fundação Florestal, órgão vinculado à Secretaria do Meio Ambiente, com o objetivo de conscientizar os extratores sobre a importância da preservação do manguezal, bem como incentivar a produção e a comercialização de artigos elaborados com base no manejo sustentável, para gerar riquezas para comunidades carentes, garantindo renda e zelando pela integridade desse ecossistema.

A transferência de conhecimento promovida pelo IP se apoia em pesquisas que vem sendo desenvolvidas desde 2007, com o intuito de compreender quais são as características das populações de ostras, a variedade genética, onde se encontram e como estão os estoques. Os projetos contam com o apoio financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa (Fapesp) e colaboração da Universidade de Mogi das Cruzes (UMC).  

“O primeiro projeto: “Identificação molecular e avaliação da diversidade genética de ostras do gênero Crassostrea do complexo estuarino-lagunar de Cananéia, SP: contribuição ao manejo sustentável do recurso pesqueiro” foi tema de minha tese de doutorado, concluída em 2010”, explica Márcia Santos Nunes Galvão, pesquisadora do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Aquicultura do IP, em Pirassununga.   

A pesquisadora também é responsável pelo primeiro registro da espécie exótica do gênero Saccostrea na região de Bertioga. “As ostras exóticas foram encontradas fixadas em raízes de mangue, costões rochosos, pedras e cascalhos no leito do rio, formando agrupamentos de 10 a 20 indivíduos e coabitando com as espécies de ostras nativas (Crassostrea mangle, C. brasiliana e Ostrea spp.). Os resultados baseiam-se em análises moleculares de espécimes coletados no rio Itaguaré, em junho de 2014”, relata Márcia Galvão, ressaltando que este é o primeiro registro publicado de uma espécie de Saccostrea no sudoeste do Oceano Atlântico.


O segundo projeto “Prospecção e avaliação dos recursos genéticos de ostras em áreas de manguezais na costa sudeste do Brasil” foi realizado entre 2017 e 2021, com o objetivo de identificar as espécies nativas e exóticas de ostras em áreas de manguezal no litoral sudeste-sul do Brasil, além de desenvolver e caracterizar locais microssatélites espécie-específico para Crassostrea gasar, que se destaca por sua importância econômica para as atividades de pesca e maricultura. 

As ostras representam um importante recurso genético aquícola e para sua preservação e seu uso eficaz é necessário caracterizar o status taxonômico das espécies e os níveis de variabilidade genética das populações. Os estudos desenvolvidos pelo Instituto de Pesca utilizam marcadores moleculares para identificar as espécies nativas e exóticas que são fundamentais para compreender o comportamento do molusco na natureza e as melhores formas de manejo. 

Estas ações são um exemplo de como o IP encara e coloca em prática a sua missão de produzir conhecimento científico e traduzir em informações simples para que a comunidade possa se apropriar dele e utilizar em suas atividades cotidianas. 


Por Nara Guimarães

Imagens: Márcia Santos Nunes Galvão, pesquisadora do Instituto de Pesca 


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