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Pesquisadora do IP participa de levantamento sobre impactos ambientais em Mariana

Em novembro de 2016, o maior desastre ambiental da história do Brasil completa 1 ano. O rompimento da barragem de rejeitos no município de Mariana, em Minas Gerais, espalhou 32 milhões de metros cúbicos de lama de rejeitos de minério nos rios da região. Preocupada com a situação e seus impactos ambientais, a pesquisadora Luciana de Menezes, do Instituto de Pesca (IP), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, se juntou a pesquisadores do Grupo Independente para Análise do Impacto Ambiental (Giaia), formado por profissionais das universidades Federal de São Carlos (UFSCar), Estadual Paulista (Unesp), de São Paulo (USP) e de Brasília (UnB), para analisar a situação ambiental do local.


A pesquisadora do IP trabalha na análise da comunidade bentônica – organismos que vivem no substrato de ambientes aquáticos. Eles são bioindicadores da qualidade da água e sua análise, somada aos dados físicos e químicos da água, permite aferir como está a qualidade dos rios atingidos. “Nós selecionamos 17 pontos de coleta, que vão desde Mariana, em Minas Gerais, até a foz do Rio Doce, no Espírito Santo. Para fazer a comparação entre o antes e o depois do rompimento, já que não temos dados anteriores ao ocorrido, parte desses pontos está localizada antes da área atingida pelos rejeitos ou em afluentes do Rio Doce que não foram afetados diretamente pela lama”, explica Luciana. 

As primeiras coletas realizadas pela equipe de pesquisadores foram feitas ainda em novembro de 2015, poucos dias após o rompimento da barragem. Desde então, outras duas expedições foram realizadas, o que permitiu gerar os primeiros dados a respeito da situação e fazer comparações. “A quantidade de organismos que conseguimos coletar nas primeiras expedições foi extremamente baixa. Na realidade, é preciso esclarecer que os rios da região já eram bastante impactados antes do rompimento. No entanto, nos trechos dos rios mais próximos à barragem, que foram atingidos pelos rejeitos, nós não encontramos organismos vivos”, relata a pesquisadora. 


A próxima expedição da qual Luciana participará será realizada durante a primeira semana de novembro. “O que nós pretendemos com esse trabalho é gerar dados científicos que auxiliem na caracterização dos impactos ambientais e que possam subsidiar as autoridades nas tomadas de decisão quanto à definição de medidas de recuperação, mitigação e compensação ambiental. Além disso, por ser uma situação singular, esses dados serão importantes para avaliarmos como está se dando a recuperação ambiental da área”, esclarece. 

Para o secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Arnaldo Jardim, “a contribuição do Instituto de Pesca para a geração de dados e informações relevantes sobre o ocorrido em Mariana é uma importante ação para mitigar as consequências dos impactos causados pelo desastre na região”, diz. 



Mais Informações 
Assessoria de Comunicação 
Secretaria de Agricultura e Abastecimento 
Instituto de Pesca 
(11) 3871-7588 



- Por Leonardo Chagas 
- Revisão Márcia Cipólli 
- Foto: Eduardo Cesar - Revista Pesquisa Fapesp


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