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Secretaria de Agricultura promove, em Santos, curso de criação de camarão marinho utilizando sistema de bioflocos

O Instituto de Pesca, da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (IP-APTA), órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, realiza nos dias 24 e 25 de julho o 2º Curso de Camarão Marinho utilizando Tecnologia de Bioflocos. A tecnologia (também chamada de BFT, na sigla em inglês), consiste em criar os camarões sem realizar a troca da água presente no sistema.

De acordo com o pesquisador do IP Oscar Barreto, coordenador do evento, o curso abordará o histórico da carcinicultura brasileira e mundial, trazendo aspectos da evolução ao longo dos anos e demonstrando que a atividade está em constante aperfeiçoamento técnico. “Serão apresentados também os modelos de cultivo em sistema de bioflocos, com os conceitos de boas práticas de manejo e o estudo da viabilidade econômica de uma planta de carcinicultura, que permitirá ao produtor planejar e controlar a saúde financeira de seu empreendimento”, ressalta o pesquisador.

Tecnologia traz vantagens ao produtor

Segundo o pesquisador do IP, adotando a técnica de BFT o carcinicultor passa a ter uma criação mais segura e com menor impacto ambiental, ao dispensar a necessidade de troca da água. Conforme explica, apesar de ser necessário um investimento inicial alto, do ponto de vista da rentabilidade, as vantagens são muitas. “A presença de uma comunidade complexa de micro-organismos remove substâncias tóxicas da água e promove o crescimento dos camarões através da suplementação alimentar”, defende Barreto. “O cultivo em sistema de bioflocos também permite a redução de área para implantação do sistema, adotando uma alta densidade de cultivo, com melhor aproveitamento dos nutrientes originados pelos próprios bioflocos, acarretando assim em uma melhoria na conversão alimentar”, complementa o pesquisador, argumentando que isso traz redução nos custos referentes à ração dos animais.

Barreto explica que a técnica de cultivo dispensa a troca de água no sistema por se fundamentar no controle da relação entre carbono e nitrogênio presente, o que possibilita a formação dos agregados de micro-organismos chamados de bioflocos. Estes agregados retêm dejetos encontrados no sistema e os convertem em alimento para os camarões (ou, em outros sistemas, peixes). “Os bioflocos são formados por bactérias, microalgas, ciliados, protozoários, rotíferos, entre outros microrganismos, que se multiplicam no sistema de cultivo, em função do fornecimento de fontes de carbono (melaço, açúcar ou dextrose, por exemplo), aeração vigorosa e presença de compostos nitrogenados dissolvidos na água (amônia, nitrito e nitrato)”, ensina o pesquisador do IP. “A comunidade microbiana utiliza o nitrogênio dissolvido, derivados de fezes, exoesqueletos, restos de animais mortos e ração não ingerida para produzir biomassa, ao tempo que converte a amônia para proteína celular. À medida que os bioflocos são formados, podem ser consumidos pelos camarões como fonte nutricional suplementar, através da reciclagem dos nutrientes, promovendo o aumento da eficiência do uso de ração”, pormenoriza. No curso, haverá também atividades práticas sobre como realizar o monitoramento das variáveis hidroquímicas que constituem o cultivo por bioflocos.

Serviço

2º Curso de Camarão Marinho Utilizando Tecnologia de Bioflocos (BFT)

Data: 24 a 25 de julho de 2019

Local: Instituto de Pesca - Centro Avançado de Pesquisas Tecnológicas do Agronegócio do Pescado Marinho, Avenida Bartolomeu de Gusmão, 192. Santos (SP)

Inscrições e maiores informações: http://eventos.fundepag.br/pagina.php?link=073911750136522009390438576d5761


Estudantes apresentam trabalhos científicos em Seminário no Instituto de Pesca, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento
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