Localizado na Ponta da Praia, na cidade de Santos, o Museu de Pesca, do Instituto de Pesca (IP), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, foi reaberto para o público no mês de outubro (seguindo todos os protocolos sanitários) após ficar fechado por conta da pandemia de Covid-19.
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O Museu recebe todos os anos entre 50 e 60 mil visitantes e tem projetos para contar com uma cafeteria e loja de souvenirs. O prédio do Museu é tombado pelo CONDEPHAAT (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo) e cerca de 80% do acervo contém QR code para complementar as informações ao visitante, sendo que 50% do acervo têm informações em português e inglês.
Com exposições permanentes e temporárias de parceiros ligadas à temática da sustentabilidade, o prédio conta com acessibilidade e Wifi-Free. Em todas as salas é possível encontrar painéis de selfie com os personagens da “Turminha do Museu”, feitos pelo artista plástico de Santos, Alexandre Huber, que também assina toda identidade lúdica dos ambientes.
![Entrada do Museu de Pesca](/web/image/3637-257a401f/museu_portal.jpg?access_token=d6d79d6a-63da-4bc8-a17f-ce9b9ef4f379)
Anexo ao Museu, funciona o Centro Avançado de Pesquisa do Pescado Marinho (CAPPM), onde 20 pesquisadores mais pessoal de apoio, trabalham com pesquisa nas áreas de biologia pesqueira, estatística pesqueira, socioeconomia, maricultura e tecnologia e qualidade do pescado para consumo. Além do Museu, o CAPPM conta também com núcleos de pesquisa em Ubatuba e Cananéia. Grande parte dos resultados das pesquisas são expostos de forma acessível para o público, em livros online e painéis.
Thaís Moron é diretora do Museu há 6 anos e há 2 também dirige o Centro Avançado. Agora, a última novidade é o aplicativo “Museu de Pesca: Vida Marinha”, que pode ser baixado em celulares com o sistema Android. Nele é possível conhecer mais sobre a vida marinha dos principais ambientes do litoral de São Paulo, com guia para crianças e um jogo de perguntas para testar os conhecimentos sobre as atrações.
O que você vai encontrar no Museu de Pesca?
Logo na entrada no Museu é possível encontrar publicações dos projetos desenvolvidos pelos pesquisadores do Instituto de Pesca. Expostos em banners e com interatividade direcionada para páginas online do IP que falam sobre a importância do consumo do pescado, é possível também baixar gratuitamente pelo smartphone uma série de receitas sobre pescado por QR code.
Sala dos Tubarões
Na Sala dos Tubarões estão expostas diversas espécies dos animais taxidermizados. O destaque fica para o tubarão-duende, sendo que somente dois são expostos em todo o mundo. Por habitar águas profundas, é um animal raro de ser visto com vida.
No local ainda tem uma exposição de arcadas de tubarões em que é possível observar os dentes e dimensionar a mordida de cada espécie.
Espaço Submergir
Além de exposição de um pequeno submarino, no ambiente encontra-se uma exposição do projeto de pesquisa “Petrechos de Pesca Perdidos no Mar”, que tem como objeto localizar e retirar do mar, por meio de sondas e radares, anzóis, redes e outros materiais perdidos ou descartados de forma irregular.
O projeto visa conscientizar a sociedade e as comunidades pesqueiras sobre o problema do descarte irregular no mar, que acaba gerando uma “pesca invisível”, pois peixes, tartarugas, focas, golfinhos, entre outros animais, acabam se enroscando nos petrechos e morrendo.
Em parceria com o SENAI, os resíduos retirados do mar são reciclados para virar produtos como pentes, cabides, produtos para impressora, telhas, entre outros objetos reutilizados que estão expostos no espaço.
Navio Orion
O Instituto de Pesca teve um navio de pesquisa chamado Orion e uma das salas do Museu é dedicada a ele. O navio fez diversas expedições para desenvolvimento de estudos em biologia e estatística pesqueira. Quando parou de ser utilizado, foi desmontado e algumas de suas peças e equipamentos que ficavam a bordo do navio passaram a ser expostos.
Sala dos Macaés
O Macaé e o Macaezinho foram um Leão Marinho e um Lobo Marinho que viveram no Aquário de Santos e marcaram época entre os moradores da cidade. Quando morreram foram taxidermizados e vieram para o Museu.
Um dos grandes atrativos do Museu é a exposição do esqueleto de baleira da espécie Fin. Encontrada encalhada em Peruíbe, em 1942, a ossada foi montada para ser exposta no museu. Esta é uma espécie que não é presente da costa do Brasil e se perdeu em sua rota. Quando viva, estima-se que media aproximadamente 23 metros de comprimento e pesava 7 toneladas.
Na sala também são expostos esqueletos de golfinhos, espaço com dentes de baleias cachalote, além de um espaço dedicado ao peixe-boi que conta com uma ossada real e um painel de peixe-boi adulto e de um filhote em tamanho real para dar a dimensão do animal.
História do Museu
Existe uma sala dedicada à história do Museu. No local são expostos painéis contando desde quando o prédio abrigava o Forte Augusto, passando a ser Escola de Marinheiros até virar o Museu de Pesca que conhecemos hoje. São encontrados materiais que foram utilizados pela Escola de Marinheiros.
Na sala também são feitas exposições temporárias de fotografias. No momento a temática é “Mulheres na Pesca”.
Sala dos Peixes
Várias espécies de peixes estão expostas com destaque para os peixes de bico e para a exposição de fósseis do parceiro “Museu Joias da Natureza”. O Projeto Albatroz e o Projeto Meros do Brasil estão com exposições na sala.
Sala das Conchas e das Areias
São mais de mil amostras de areias de todas as regiões do Brasil. Cada amostra tem a indicação de praia, cidade, região, onde é possível ver toda a variedade de areias do país, além da exposição de conchas com materiais de diversas partes do mundo.
Um vídeo fala sobre as areias e o fundo do mar, mostrando o caminho das areias pelo mundo e sobre os animais marinhos.
Espaço das tartarugas e das arraias e Sala do Petróleo
Existe um espaço dedicado a exposição de tartarugas e arraiais em tamanho natural, com alguns exemplares suspensos para melhor visualização.
Já na Sala do Petróleo, encontra-se uma maquete de uma plataforma, tipos de rochas e óleos encontrados em cada uma delas.
Sala do Barco
Uma das mais queridas pela criançada, mas também por adultos, a Sala do Barco simula um convés, com timão, escadas de antigas embarcações, além do quarto do Capitão e seu gato que na história da “Turminha do Museu” - encontrada em diversos pontos do local e também no App -, toma conta do Museu.
![](/web/image/3636-e8468252/13406-sala-capitao.jpg?access_token=dda6fcc4-f95e-4e09-9251-b6ba5412c42e)
Diorama
Outro destaque do Museu de Pesca é a Sala do Diorama (modo de exposição realista tridimensional). No piso transparente do local é simulada a representação dos animais que habitam o manguezal, costão rochoso, praia arenosa e fundo arenoso. Pelas laterais do espaço as crianças conseguem ficar na mesma altura das representações, ampliando a interação com a obra.
Foi inaugurado nesta reabertura do Museu um Painel lúdico de três metros que remete aos animais que estão no Diorama e estão identificados por QR codes que direcionam para uma página explicativa com mais informações sobre cada espécie.
Confira mais fotos do Museu de Pesca no Flickr da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de SP.
Texto: Murilo Tomaz
Fotos: Mastrangelo Reino
Serviço
Museu de Pesca - Funcionamento: quarta a domingo, das 10h às 17h, com máximo de 30 pessoas por vez e uso obrigatório de máscara.
Endereço: Avenida Bartolomeu de Gusmão, 192 | Ponta da Praia - Santos (SP) - Brasil
Agendamento de visitas escolares e outros grupos: suspenso devido à pandemia de COVID-19.
Contato: (13) 3261-5260
Informações
Assessoria de Comunicação
Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo
(11) 5067-0069
Instituto de Pesca
(11) 3871-7513